Thursday, November 30, 2006

 
D. João IV (1604 - 1656)



D. João IV

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llllD. João IV de Portugal e II de Bragança nasceu em Vila Viçosa a 19 de Março de 1604 e morreu a 6 de Novembro de 1656, foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia.



llllJoão era filho de Teodósio II , 7.º Duque de Bragança, e da duquesa D. Ana Velasco. Foi o 8º Duque de Bragança herdando o ducado em 1630 como D. João II. Era trineto do rei Manuel I de Portugal, através de D. Catarina. Recebeu uma cuidada educação por parte de D. Diogo de Melo, que foi seu aio e lhe deu o gosto dos exercícios fisícos, da montaria e no domínio das letras, do Dr. Jerónimo Soares, que lhe ministrou conhecimentos do latim, dos autores clássicos e da teologia. Também se deu a estudos de música, recebendo lições do inglês Robert Tornar, que o duque D. Teodósio contratou para mestre da Capela Ducal de Vila Viçosa.

Teodósio II, 7º duque de Bragança

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llllFicou para a história como O Restaurador ou O Afortunado por aparentemente, uma vez caída a coroa na sua cabeça, não ter aceitado reinar, e só se decidiu após a intervenção da sua esposa.
Um dos acontecimentos mais nobres da sua vida foi a declaração de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal no dia 8 de Dezembro.


llllEm 1640,o povo e a aristocracia, descontentes com o domínio espanhol e com o reinado de Filipe IV de Espanha (III de Portugal), quiseram restaurar a plena independência.

llllD. João foi o escolhido, aceitou a responsabilidade com relutância,foi incentivado sobretudo pela sua mulher Luísa de Gusmão com quem casára a 12 de Janeiro de 1633.


D. Luísa Francisca de Gusmão

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llllLuísa Francisca de Gusmão nasceu em Sanlúcar de Barrameda a 1613 — Faleceu em Lisboa a 6 de Novembro de 1666), pelo seu casamento com D. João, veio a ser a primeira rainha de Portugal da quarta dinastia.

llllFilha dos duques de Medina-Sidónia (os senhores mais poderosos da Andaluzia),ambiciosa por natureza, apesar de espanhola orientou a política do marido na rebelião contra a Espanha.

llllD. Luísa de Gusmão incitou-o a ser coroado mesmo que fossem precisos grandes sacrifícios, segundo ela "melhor ser Rainha por um dia, do que duquesa toda a vida".

llllA 1 de Dezembro deu-se o golpe e, dia 15 de Dezembro foi coroado Rei de Portugal.

Figura relativa à coroação D. João IV como Rei de Portugal

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llllNaquele tempo as notícias viajavam por mensageiros e demoravam o seu tempo a chegar ao destino. O Duque de Bragança aguardava no Palácio de Vila Viçosa o resultado da conspiração e, segundo os documentos da época, só soube a boa-nova no dia 3.

llllMuitos mensageiros espalharam-se por todo o país, levando consigo cartas para as autoridades de cada terra se encarregarem de aclamarem o novo rei. Por todo o lado as populações explodiam de felicidade.

llllEm todo o Reino e Império aceitaram D. João IV como Rei à excepção de Ceuta que permaneceu espanhola.

llllD. João IV veio então para Lisboa, onde chegou na noite de 6 de Dezembro. Nos dias seguintes houve festejos. Enquanto se preparava a cerimonia da coroação, o rei ocupava-se a nomear embaixadores, que deveriam partir a fim de que os países estrangeiros reconhecessem a independência de Portugal, e generais, que deviam encarregar-se da defesa das fronteiras e dos portos.

Monumento comemorativo da Restauração, Lisboa

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llllIsto porque ninguém tinha dúvidas que Filipe IV ia cruzar os braços.

llllCom certeza trataria de preparar exércitos para invadir Portugal.

llllA notícia chegou a Madrid no dia 7 de Dezembro, levada por um estafeta ao serviço do governador de Badajoz. Como era de prever, os espanhóis ficaram em fúria e acusaram de traição não só o Duque de Bragança mas todos os que tinham participado. As tropas não vieram logo para Lisboa porque estavam demasiado ocupadas com a revolta da Catalunha e na Guerra dos Trinta Anos, o que deu tempo aos portugueses para se organizarem.


llllD. João IV tinha um irmão mais novo, chamado Duarte, que partira para a Alemanha quatro anos antes da Restauração.

llllEra um militar corajoso e competente que dicidira participar na Guerra dos Trinta Anos. Em 1638 visitou Portugal e, como o Duque de Bragança nessa altura estava renitente em aceitar a coroa e encabeçar um rebelião, os conspiradores pensaram escolher D. Duarte para esse efeito.

llllO projecto não se concretizou e assim aquele que poderia ter sido rei de Portugal acabou preso na Alemanha, porque o imperador era aliado de Filipe IV. Logo que soube da revolução, encarcerou-o.

Filipe IV de Portugal e III de Espanha

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llllD. João IV ordenou aos imbaixadores que usassem todos os meios possiveis para libertarem o seu irmão. Chegou a pedir ajuda ao papa, sem qualquer êxito.

llllD. Duarte , que não tinha culpa nenhuma, que não intervira na conjura, sofreu as consequências da Restauração. Morreu após oito anos de cativeiro. A corte cobriu-se de luto rigoroso, e embora na época aquela figura tenha suscitado muita simpatia entre os portugueses, a história foi esquecida.

llllApós a Restauração, seguiu-se uma guerra com Espanha na Península Ibérica ( a chamada Guerra da Restauração) e nas colónias, onde Portugal foi assistido pela Inglaterra, França e Suécia (adversários dos espanhóis na Guerra dos Trinta Anos).

Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal

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llllNa conjura de 1641 contra o novo rei, da qual resultou uma severa punição para os seus responsáveis, D. João IV teve o apoio da grande maioria da sociedade portuguesa, o que lhe permitiu criar novos impostos, desvalorizar a moeda e recrutar voluntários para fazer face às necessidades monetárias e humanas de um confronto militar que se adivinhava próximo com a vizinha Espanha.

Moeda Comemorativa da Restauração

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llllD. João IV enviou também diplomatas às principais cortes europeias com o objectivo de conseguir o reconhecimento da independência e de obter apoios financeiros e militares. Sendo necessário justificar que D. João IV não era um rebelde mas sim o legítimo herdeiro do trono, que havia sido usurpado por Filipe II de Espanha.

llllD. João IV assume-se como o herdeiro de Catarina de Bragança, candidata ao trono e afastada por Filipe II em 1580.

Catarina de Bragança

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llllDas Cortes de 1641, saiu uma nova doutrina que defendia que o poder provinha de Deus através do povo, que, por sua vez, o transferia para o rei. Em caso de usurpação ou tirania, o povo tinha o poder de destituir o rei, precisamente o que aconteceu com Filipe IV.


llllEm 1641 verificaram-se também os primeiros confrontos, saldando-se por uma vitória do exército português na Batalha do Montijo e uma tentativa fracassada dos espanhóis no cerco de Elvas.

Batalha do Montijo

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llllA Espanha estava fortemente mergulhada na Guerra dos Trinta Anos, pelo que foi preciso esperar pelo fim da guerra entre franceses e espanhóis, que só se verificou em 1659, para que os espanhóis pudessem concentrar todas as suas atenções na anulação da Restauração portuguesa.

Guerra dos Trinta Anos

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llllD. João IV pretendendo justificar o seu governo de 15 anos, deixou estas palavras que bem reflectem a maneira digna como exerceu a sua missão: " Tenho por conveniente declarar [...] que me resolvi a restituirme a esta coroa, sem nenhum respeito particular da minha pessoa, senão por livrar os reynos que me pertecem das misérias que lhe via padecer em estranha sojeição e por entender era obrigado a isso em minha consciência, sogeitando-me por esta causa a vida, e trabalhos. "


llllD. João IV jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.



Imagem do Panteão dos Braganças

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Panteao_s_vicente.jpg)

Descendência:


llllPela sua mulher, Luísa de Gusmão: Teodósio, Duque de Bragança (1634-1653) Ana de Bragança (1635) ;Joana de Bragança (1636-1653); Catarina de Bragança (1638-1705), casou com o rei Carlos II de Inglaterra; Manuel de Bragança (1640) ; Afonso VI, Rei de Portugal(1643-1675); Pedro II, Rei de Portugal (1646-1709).


llllDe outra senhora, incógnita, teve D. João outra filha:
Maria de Bragança (1644-1693).


Bibliografia:

* História de Portugal, vol. VII " O Despotismo Iluminado (1750 - 1807), Editorial Verbo.

* Mattoso, José (dir.), História de Portugal, vol.7, " O Estado Novo (1926 - 1974)".

* Medina, João (dir.), História Contemporânea de Portugal, Multilar.

* Serrão, Joel (dir.), Dicionário de História de Portugal, vol. III, Iniciaticas Editoriais.

* Enciclopédia Lello Universal, Vol. 2, Lello & Irmão Editores, Porto,1993.

* Couto, Célia e Rosas, Maria, O Tempo da História. Historia A, 1ª Parte, 11º ano, Porto Editora, Porto, (s/d).

* Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura,Verbo, Lisboa/São Paulo, Edição Séc. XXI.


* http://www.arqnet.pt/portal/portugal/temashistoria/joao4.html

* http://pt.wikipedia.org/wiki/João_IV_de_Portugal

* http://pt.wikipedia.org/wiki/Luísa_de_Gusmão,_Rainha_de_Portugal

* http://pt.wikipedia.org/wiki/João_IV_de_Portugal

* http://genealogia.netopia.pt/pessoas/pes_show.php?id=3767

* http://www.instituto-camoes.pt/CVC/efemerides/2003/12/dezembro01.html

*http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Portugal/Simbolos_Nacionais/BandeiraNacional_Evolucao.htm

* http://www.cunhasimoes.net/cp/Textos/Historia/LivHistoria14.htm

* http://jn.sapo.pt/2006/08/11/dossier/D_Jo_o_IV_recebeu_peti_o_p.html

* http://www.leme.pt/historia/efemerides/0318/

*http://www.ippar.pt/sites_externos/bajuda/htm/catalg/catalog/bodas.htm#n3

* http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/index.php?id=380

* http://www.mundodacultura.com/historiaportugal/reisdeportugal.htm

Andreia Brissos, 11ºB, Nº 2


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