Monday, May 22, 2006

 

Biografias de:



Duarte Pacheco Pereira


(Lisboa,? - 1533) navegador, guerreiro e cosmógrafo português, filho de João Pacheco e Isabel Pereira nasceu entre 1443 e 1450 em Lisboa.

O mais antigo dos seus antepassados conhecidos é um dos executores de D. Inês de Castro, Diogo Lopes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves. Fugiu para Espanha, voltou no tempo do Mestre de Avis e recuperou todos os seus bens, tornando-se um dos conselheiros do novo monarca. Em 1455 encontrou-se João Pacheco letrado que recebeu uma bolsa de estudo do Rei. Contrariamente à tradição é pouco provável que tenha ido em 1492 a São Jorge da Mina, onde Diogo de Azambuja dirigia a construção da fortaleza.

Apenas se sabe que, em 1488, Bartolomeu Dias, na viagem de retorno do cabo da Boa Esperança, o encontrou gravemente doente na ilha do Príncipe e o trouxe para para Portugal. Em 1490 viveu em Lisboa da pensão real a que o seu título lhe deu direito. Reconhecido geógrafo e cosmógrafo, em 1498 D. Manuel I encarregou-o de uma expedição secreta, organizada com o objectivo de reconhecer as zonas situadas para além da linha de demarcação de Tordesilhas, expedição que teria culminado com o descobrimento do Brasil.



Em 1503 acompanhou os primos Albuquerques à Índia, ficou em Cochim com 150 homens e alguns indianos a guardar a fortaleza onde conseguiu derrotar o Samorim de Calcute que dispunha de 50 000 homens.


Voltou a Lisboa em 1505, foi recebido em grande triunfo.

Em Lisboa e em todo o lado os seus feitos da Índia são conhecidos e um relato dos mesmos foi enviado ao Papa e a outros príncipes da cristandade. Foi como heroi internacional que nesse ano começa a redacção do Esmeraldo De Situ Orbis, redacção que ele interrompeu nos primeiros meses de 1508. Neste ano foi encarregado pelo Rei de dar caça ao corsário francês Mondragon que actuava entre os Açores e a costa portuguesa que atacava as naus vindas da Índia, que encontrou em 1509 no cabo Finisterra, onde o derrotou e capturou.


Em 1511 comandou uma frota enviada em socorro de Tânger, que estava a ser atacada pelos exércitos do Rei de Fez. Casou no ano seguinte com D. Antónia de Albuquerque e recebeu do Rei um dote de 120.000 reais, que lhe seria entregue em fracções, até 1515. Em 1519 foi nomeado capitão e governador de São Jorge da Mina, onde ficou até 1522. Veiu sob prisão para Portugal por ordem de D. João III, por acusação de contrabando de ouro mas ainda hoje não se conhecem realmente os motivos de tal decisão do Rei. Quando foi libertado por ordem do Rei, recebeu 300 cruzados a título de parte de pagamento por jóias que tinha trazido de São Jorge da Mina e havia confiado à Casa da Mina para serem fundidas. Morreu nos primeiros meses de 1533, e pouco depois foi concedida a seu filho pelo Rei, uma pensão anual de 20.000 reais. Mas, como as pensões eram frequentemente pagas com atraso, a mãe e o filho passaram dificuldades que os levou a recorrerem a um empréstimo.

João Fernandes Pacheco fez parte desde jovem da casa de D. João III.

A lenda à volta de Duarte Pacheco Pereira desenvolveu-se após a sua morte. Luís de Camões, n'Os Lusíadas chama-lhe Grão Pacheco Aquiles Lusitano. No século XVII, Jacinto Cordeiro consagra-lhou duas comédias bastante longas em castelhano e Vicente Cerqueira Doce um poema em dez cantos, de que se perdeu o rasto.



Bibliografia:

- Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, volume 14º, editorial verbo, Lisboa;

- Dicionário de História de Portugal (Direcção de Joel Serrão), volume IV, Iniciativas Editoriais, Lisboa;

- História de Portugal, volume III, O século de ouro (1495-1580) Editorial Verbo; História de Portugal (direcção de José Mattoso ) Terceiro Volume, Editorial Estampa.

- http://www.instituto-camoes.pt/CVC/filosofia/ren1.html

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Pacheco_Pereira

- http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_jun2003/pag_12.html

- http://www.esec-luisa-gusmao.rcts.pt/departamentos/departamento_matematica/duarte_pacheco_pereira.htm

- http://www.britannica.com/eb/article-9057907

- http://www.tribunadonorte.com.br/especial/br500/f1_n7.htm

- http://www.minerva.uevora.pt/aventuras/brasil/biografias.htm

- http://ruipmartins.tripod.com/naveport.html

- http://www.answers.com/topic/duarte-pacheco-pereira

- http://pokas.blogs.sapo.pt/arquivo/lisboa%20antiga%201.JPG

- http://martinssanches.blogs.sapo.pt/arquivo/paco.jpg

- http://bnd.bn.pt/ed/viagens/brasil/iconografia/homem/descobrimento-do-brasil-p20/y_y_descobrimento-do-brasil-p20_t0.jpg

-http://bnd.bn.pt/ed/viagens/brasil/iconografia/antecedentes/esmeraldo/esmeraldo.jpg

- Dicionário de Literatura, (dir. Jacinto Do Prado Coelho), Academia das Ciências e da Faculdade de Letras de Lisboa,suplemento S/L, Porto Editora.

- Histórias de Portugal (Alfa e H. de P. Joaquim Verissimo Serrão),Verbo, 1978.

- www/CD-Rom:Encarta.





Giovanni Picco della Mirandola






Giovanni Pico della Mirandola(24 de Fevereiro de 1463 – Florença, 17 de Novembro de 1494),foi um erudito,filósofo neoplatônico e humanista do Renascimento Italiano.


Giovanni passou cerca de sete anos a viajar pela Itália e França, estudando nas suas principais faculdades em Ferrara,Pádua e Paris,enquanto se dedicava a aprender latim,grego,hebraico,árabe e sírio.


Após adquirir,nas suas viagens pela Europa,cerca de sessenta manuscritos atribuídos ao escriba judeu Esdras, filho do sumo sacerdote Seraías e autor bíblico de um dos livros históricos de mesmo nome do Antigo Testamento (cfe. mencionado em II Reis 25:18-21),Giovanni veio a interessar-se pelo estudo da Cabala e do Talmud, tendo a ideia de combinar esse conhecimento místico-religioso com a filosofia. O seu principal objectivo era conciliar a religião e filosofia.

Assim como o seu mestre Marcílio Ficino,Giovanni baseava as suas concepções em Platão,principalmente,em oposição à Aristóteles. Contudo Giovanni era em essência um eclético e em muitos aspectos, ele representava uma reacção contra os exageros do humanismo. De acordo com ele, deviamos estudar as fontes hebraicas e talmúdicas,enquanto que as melhores conquistas da escolástica deveriam ser preservadas.


O seu Heptaplus, uma exposição místico-alegórica da criação do mundo de acordo com os sete sentidos bíblicos, segue essa ideia;com explanações de várias passagens dos livros mosaicos, platônicos e aristotélicos.

Já em Roma, no ano de 1486, Giovanni com apenas 23 anos de idade, publicou as suas polémicas 900 teses intituladas "Conclusiones philosophicae,cabalisticae et theologicae",onde ele acreditava ter revelado as bases de todo o conhecimento da humanidade, combinando elementos do neoplatonismo, hermetismo e cabalismo, além de versar sobre lógica, matemática, física. Oferece-se para pagar as despesas de qualquer um que estivesse disposto a ir até Roma e enfrentá-lo em uma discussão pública sobre essas mesmas teses. Neste ano pública o seu trabalho mais conhecido, "De hominis dignitate oratio" (Discurso sobre a Dignidade do Homem), que serve de uma introdução às 900 teses

Entretanto, dessas 900 teses, treze foram consideradas heréticas pela Igreja Católica e Giovanni é proibido de ir adiante com as discussões públicas.Uma comissão de inquérito da Igreja convidou Giovanni para retratar-se, o que ele efectivamente fez,tentando ainda defender as suas treze teses com o opúsculo "Apologia Ioannis Pici Mirandolani,concordiae comitis",mas não obteve sucesso.

Contrafeito com a condenação, decidiu viajar novamente, visitando a França e em seguida retornando à Florença.


No final da sua vida, destruiu os seus trabalhos poéticos e tornou-se um defensor do Cristianismo contra os judeus, muçulmanos e astrólogos.
Morreu jovem em 1494,aos 31 anos,após sucumbir a uma febre,no dia em que Carlos VIII da
França entrou em Florença, após expulsar Piero de Médici.

Giovanni é considerado o primeiro erudito cristão a mesclar elementos da doutrina
cabalística e teologia cristã.

O seu sobrinho,também filósofo e erudito Giovanni Francesco Pico della Mirandola,escreveu uma detalhada biografia de Giovanni em 1496, chamada
"Ioannis Pici Mirandulae Vita".
Na Oratio, Giovanni justifica a importância da busca humana pelo conhecimento numa perspectiva neoplatônica.

Ele afirma que Deus, tendo criado todas as criaturas, foi tomado pelo desejo de gerar uma outra criatura, um ser consciente que pudesse apreciar a criação, mas não havia nenhum lugar disponível na cadeia dos seres, desde os vermes até aos anjos,então Deus criou o homem, que ao contrário dos outros seres, não tinha um lugar específico nessa cadeia. Em lugar disso, o homem era capaz de aprender sobre si mesmo e sobre a natureza, além de poder emular qualquer outra criatura existente. Desta forma, segundo Giovanni, quando o homem filosofa, ele ascende a uma condição angélica e comunga com a Divindade, entretanto, quando ele falha em utilizar o seu intelecto, pode descer à categoria dos vegetais mais primitivos. Giovanni, deste modo, afirma que os filósofos estão entre as criaturas mais dignificadas da criação.


A idéia que o homem pode ascender na cadeia dos seres pelo exercício de suas capacidades intelectuais foi uma profunda garantia de dignidade da existência humana na vida terrestre. A raiz da dignidade reside na sua afirmação que,somente, os seres humanos podem mudar a si mesmos pelo seu livre-arbítrio.

Giovanni observou na história humana que filosofias e instituições estão sempre evoluindo, fazendo da capacidade de auto-transformação do homem a única constante.Em conjunto com a sua crença de que toda a criação constitui um reflexo simbólico da Divindade, a filosofia de Giovanni teve uma profunda influência nas artes, ajudando a elevar o status de escritores, poetas, pintores e escultores, como Leonardo da Vinci e Michelangelo, de um papel de meros artesãos medievais a um ideal renascentista de artistas considerados gênios que persiste até os dias actuais.



Bibliografia:

- História de Portugal, volume III, O século de ouro (1495-1580), Editorial Verbo;

- História de Portugal (direcção de José Mattoso) terceiro volume, Editorial Estampa;

- História da Filosofia, Nicola Abbgnano, volume V, 3ª edição, Editorial Presença.

- http://www.alcott.net/alcott/home/champions/Pico.html

- http://www.filosofico.net/pico.htm

- http://www.comune.mirandola.mo.it/Citta/Storia/Giovanni/a_Pico_masci.jpg

- http://www.newadvent.org/cathen/10352a.htm

- http://www.wsu.edu/~dee/REN/PICO.HTM

- http://www.infoplease.com/ce6/people/A0838961.html

- http://www.nndb.com/people/666/000094384/

- http://www.bartleby.com/65/pi/Picodell.html

- http://www.whitworth.edu/Academic/Department/Core/Classes/CO250/Italy/Data/fr_pico.htm

- http://www.britannica.com/eb/article-9059934

- http://pl.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Pico_della_Mirandola

- http://www.encyclopedia.com/html/P/Picodell.asp

- http://education.yahoo.com/reference/encyclopedia/entry/Picodell

- http://www.globalgeografia.com/europa/italia.jpg

- http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/imagens/253_05.jpg

- http://www.artquotes.net/masters/leonardo-da-vinci/leonardo-drawing.jpg

- http://www.ibiblio.org/expo/vatican.exhibit/exhibit/a-vatican_lib/images/vlib21.jpg


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